quinta-feira, 15 de maio de 2008

a misteriosa selvagem

Pombinha chorava em sua cama aos berros. Há meses ele desaparecera, sem qualquer pista de paradeiro.
Click. E por um momento ela sequer respira. Olha para trás. Uma mulher com roupas minusculas e pinturas por todo o corpo, como algum tipo de selvagem. Mas selvagens não seguram revolveres. Pelo menos é o que Pombinha imaginava.
- Levante – falou a mulher selvagem segurando um revolver.
Pombinha aos poucos se levantou com as mãos para o alto. Seu rosto marcado de lagrimas se contorceu de medo.
- Q-quem é-é v-voce-cê? – perguntou Pombinha.
- Uma amiga do seu namorado. Você é Pombinha, certo?
- C-ce-certo.
- Seu namorado está encrencado. Cedo ou tarde vai contatá-la. Por mais que não deva, não resistira por muito tempo. Junte suas roupas, pegue seu celular. Irei facilitar as coisas para vocês.
Pombinha não perdeu tempo, fez uma mala, pegou seu celular. Suas mãos tremiam e o absorvente estava todo mijado. Mas precisava encontrá-lo. E se essa mulher estranha puder fazer isso, é melhor que nada. Ao chegar na rua se depara com uma carroça romana puxada por um tigre.
- Suba – falou a selvagem.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Gina e Pau

Havia furos por todos os lados. Em todas as coisas e pessoas. Detetive Pau Rogers buscava por impressões digitais nas paredes. Sua parceira, Gina Smiters, desligava o celular.
- Alguma pista? – pergunta Gina.
- Apenas a certeza que temos um garoto muito pevertido andando por ai, he he.
Gina não achou graça nenhuma. Pau sempre achou que era engraçado. Pau se estica e levanta. Põe seu clichê chapéu de detetive noir e sair do deflorado aposento. Lá fora o sol ferve quarenta graus por culpa do aquercimento global. Gina vem em seguida, acedendo um cigarro. ‘Plip’, destrava o alarme do carro. Gina da uma tragada forte antes de abrir a porta do carro. Girando o mais rápido que podem o corrimão do vidro por causa do calor.
- Eu só sei que esse cara é muito bom no que faz – termina Pau.